No ano de 2014, o Brasil sediará
a COPA DO MUNDO DE FUTEBOL, organizado pela FIFA, e, há duas semanas do jogo
inaugural, vislumbramos um amontoado de protestos e greves por todos os estados
da federação.
Algumas categorias, dentre as
quais algumas tidas como atividades essenciais ao país (transporte, segurança
pública, saúde), procuraram a maior visibilidade mundial, decorrente da
exposição midiática, e deflagram greves, sem que estejam presentes os
requisitos legais, quanto ao cumprimento de prazos e manutenção de um mínimo de
atendimento à população, para os casos das atividades essenciais.
Importante destacar que não se
trata de criticar o direito a greve, muito pelo contrário, devemos apoiá-lo
como forma de reivindicação e pressão dos trabalhadores em face de eventuais
reivindicações justas e saudáveis, sob a fiscalização do Poder Judiciário,
sendo saudáveis a um estado democrático de direito, fundado no respeito à
negociação coletiva e ao ordenamento jurídico.
Entretanto, devemos entender que
as greves e reivindicações devem seguir a legislação, que estabelece limites e
balizamentos para o exercício do direito de greve, não podendo algumas
categorias essenciais, com intuito de pressionar a classe patronal, simplesmente
tentar parar o Brasil, fazendo com que o cidadão seja o mais prejudicado.
A legislação existe justamente
para dar este regramento, e, havendo conflito de interesses, ser levado ao
Poder Judiciário trabalhista, que irá decidir e pacificar. Suas decisões
transitadas em julgados ou por meio de liminares devem ser cumpridas, sob pena
de transformarmos em uma sociedade autoritária e caótica.
Por outro lado, tem-se notícia,
igualmente, de protestos violentos, depreciativos do patrimônio público e
privado, com o que o Estado, através de seu poder de polícia, busca reprimir e
proteger, usando muitas vezes da violência, gerando assim, insegurança à
sociedade que se vê refém dos protestos e da polícia.
Este não é o Brasil que
conhecemos e queremos. O país é uma sociedade amigável, com um povo
trabalhador, alegre e cumpridor das leis e não pode virar refém de uns poucos
que, a despeito da defesa de direitos, violam inúmeras regras para justificar
suas reivindicações ou protestos contra gastos excessivos com a organização da
Copa do Mundo de Futebol Fifa 2014.
Temos que ter em mente que “OS
FINS NÃO JUSTIFICAM OS MEIOS” e sendo assim, aqueles que buscam desestabilizar
o Estado Democrático de Direito, a qualquer custo e sem medir consequências,
devem ser processados e punidos nos termos da lei, com qualquer cidadão que a
viola.
É certo que as notícias de
corrupção e gastos bilionários com a organização da Copa do Mundo, tira o foco
da questão e faz com que os pessimistas de plantão, simplesmente preguem o
derrotismo e a anarquia, como forma disfarçada de protesto, tentando, sob estes
argumentos trazer a simpatia da sociedade e, através de finalidade distorcida,
justificar os desmandos e o caos. Não devemos e não podemos permitir.
Havendo desmandos quanto a má
utilização do dinheiro público, seja na organização do torneio mundial de
futebol, ou em qualquer outra situação ou tempo, devem ser apurados e punidos
com o devido processo legal.
Lamentável e pífio o pensamento
no sentido de torcer e aplaudir movimentos populares que pregam o fracasso da Copa do
Mundo, para que o mundo todo se envergonhe do Brasil, independentemente do
argumento ou justificativa que utilizam. Voltamos a afirmar, os fins não
justificam os meios.
Que os custos com a Copa do Mundo
foram elevados, todos reconhecem. Que houveram superfaturamento em muitos
estádios e obras, muitos imaginam serem verdadeiros os boatos. Que o governo
não se preparou estrategicamente para o evento, ausentando-se por anos dos
investimentos em infraestrutura, todos estão cansados de saber e ver. Mas,
todos estes fatos não justificam o pensamento pessimista e derrotista do evento
mundial, mesmo porque independentemente da questão econômica, está em jogo a
índole, capacidade e cordialidade do povo brasileiro, imagem esta que espalhará
por todo o mundo e se projetará no futuro, em todos os setores.
Os desmandos da Copa do Mundo,
devemos punir rigorosamente nos termos da lei, mas como foi o Brasil quem se
candidatou ao evento, apresentou os projetos e se sujeitou às regras,
PREVIAMENTE, não há volta, pois a Copa do Mundo está aí, e com ou sem
desmandos, se realizará.
Assim, como sociedade organizada
e democrática, com respeito ao ordenamento jurídico, devemos dar o nosso
melhor, pois os turistas presentes e aqueles que estão assistindo o evento pelo
mundo, devem ter o retrato do verdadeiro Brasil, que passa longe de ser apenas
um país do carnaval, do futebol e da violência.
Devemos mostrar ao mundo como
nosso povo é amigável e deve ser exemplo para a paz mundial, pois temos uma
convivência saudável entre raças. Nossa alegria e cordialidade, nossos inúmeros
pontos positivos devem ser ressaltados, como igualmente nossas belezas
naturais. Somos o que todo o mundo gostaria de ser: um país tropical, com incrível potencial e
abençoado por Deus.
Sediar eventos mundiais, devem
ser uma lição a seguir por todos nós, mostrando ao mundo que podemos receber todos os
turistas, que serão recebidos muito bem, irão se divertir, movimentar a
economia e levar instantaneamente através das redes sociais, uma imagem linda e
comovente de nosso povo, que tem problemas (como qualquer outro país), mas que
é feliz no seu todo.
Abracemos a Copa do Mundo e as
Olimpíadas. Façamos o melhor. Mostremos ao mundo o quão somos importantes e
nossos potenciais humanos e naturais e assim colheremos os frutos dos investimentos em turismo e negócios, trazendo riqueza ao povo não só no evento Copa do Mundo, mas projetado no futuro e por vários anos.
Quando aos desmandos, corruptos e
corruptores, o devido processo legal e, uma vez condenados, a pena que merecem.
Força Brasil. Sejamos positivos e respeitadores das leis, pois estamos juntos, sempre...
José Antônio Cordeiro Calvo
OAB-PR 11552
Blog: calvosblog.blogspot.com.br
Internet: calvo.adv.br
Twitter: @CalvoAdv
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